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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Música sergipana.


Até 1970 a música popular massiva sergipana praticamente não existia. Não se produzia discos e ela se limitava a alguns intérpretes dos ritmos ouvidos em todo Brasil à época: boleros, chorinhos e muita música romântica e saudosista.

Os nomes que se destacaram foram: Luís Americano, que teve seu chorinho apresentado nos Estados Unidos, e Francisco Alves, conhecido em todo o Brasil. Contudo, o forró se apresentava como ritmo que atraia o gosto popular e a iniciativa artística local. Grandes nomes forrozeiros acompanharam o sucesso do ritmo levado ao país inteiro por Luiz Gonzaga, e fizeram sucesso nacionalmente representando Sergipe. Dentre eles estão Clemilda e Erivaldo de Carira.

É no final da década de 70 e início dos anos 80, que começa a surgir um sentimento ufanista em nosso Estado em relação à música. Desenvolve-se o conceito de música popular sergipana, que traz a idéia de uma música autêntica de Sergipe.

Música popular sergipana

Intimista, a música popular sergipana surgiu nos anos 1980. Ufanista, a música produzida optou por temas sempre ligados à nossa cultura, aos aspectos físicos e naturais do Estado, ou simplesmente, à situações ou pessoas do lugar, como pode ser notado em trabalhos do já mencionado grupo Cata Luzes, além dos cantores Paulo Lobo, Lula Ribeiro e Irineu Fontes. 

Quanto ao ritmo, variava de blues a rock, passando pelo forró, é claro. Também nessa década, surgiu, de forma acanhada, a bossa nova sergipana, tendo como propiciadores Joubert Moraes, Lina e Marco Preto. 

Os encontros culturais em Sergipe tiveram uma participação importante na divulgação de nossa música e ritmos folclóricos. Destaca-se nesse período o Encontro Cultural de Graccho Cardoso, que, em sua edição de 98, aboliu qualquer tipo de música massiva como o axé ou o pagode. 

A década de 1990 e a Pausterização da Música

O aparecimento da Axé-music começa a tomar lugar no gosto popular estimulado pela mídia. Depois com a prévia carnavalesca inspirada na axé-music baiana, o Pré-caju, e do Forró eletrônico, o processo de gravação da música popular sergipana foi totalmente interrompido.

A onda da forró-music conta com inúmeras bandas locais que são sucesso todo ano. Poderíamos citar Raio da Silibrina, Brucelose, Calcinha Preta, Bando de Mulheres e Chamego de Menina.

Dessa forma, muitos dos artistas de referência dessa música tiveram que buscar outras formas de divulgação de seus trabalhos participando de festivais em outras partes do Brasil, como o de Campos do Jordão ou Maringá, ou tentando divulgar seus trabalhos nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Lula Ribeiro, Doca Furtado e Chico Queiroga, mas não fugindo totalmente de suas origens.

Alguns artistas destacaram-se naqueles festivais como a dupla Sena e Sergival. Outros artistas como Amorosa, Rogério tiveram que se adaptar ao mercado. Em um desses momentos, embora buscassem manter um sentido mais artístico e caracterizador da cultura local.

Dos artistas em destaque nos anos 1980, só em meados da década de 1990 é que alguns conseguiram realizar um trabalho completo como Chico Queiroga, que formou dupla com Antônio Rogério, Joésia Ramos, Mingo Santana, Antônio Rogério e Rubens Lisboa. O grupo Cata Luzes também consegue nesta década gravar seu segundo CD.

Com o tempo, a valorização da produção musical sergipana tem sido maior e vista como investimento, afinal, a cultura é um grande produto de exportação de Sergipe, e todos precisam conhecer o que existe de melhor no estado quando o assunto é música.

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