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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Forró eletrônico.


O ritmo surgiu no Nordeste com a banda Mastruz com Leite em 1992. O grupo acrescentou ao forró tradicional teclados, guitarras, bateria e instrumentos de metal. O ritmo ultrapassou aquela região e se alastrou por todo o país. Bandas como Limão com Mel e Magníficos, precursoras junto com o Mastruz, ajudaram a consolidar o movimento.
Batista Lima, vocalista da banda Limão com Mel declarou que o forró eletrônico é uma mistura do ritmo moderno com raízes tradicionais do Nordeste. 
- Nós resolvemos fazer um forró mais moderno, porém o forró pé de serra faz parte de nossas raízes. Luiz Gonzaga é nosso rei. Levamos a bandeira do forró e o representamos em todo o Brasil.
Há algum tempo, o forró eletrônico tem sido questionado. Fala-se que o ritmo é uma vertente do forró tradicional. O outro lado acredita que as letras do forró eletrônico tem um tom romântico dançante, com uma certa malícia. A dança também é bem diferente do forró tradicional e os passos são mais rápidos, diferente da cultura nordestina.
O fato é que o forró eletrônico conquistou de vez seu espaço. Bons exemplos são as bandas Calcinha Preta e Djavu, que ficaram no topo das paradas musicais de todo o país após serem incluídas nas trilhas sonoras de novelas do horário nobre da televisão.

O coco.


Dança típica das regiões praieiras é conhecida em todo o Norte e Nordeste do Brasil. Alguns pesquisadores, no entanto, afirmam que ela nasceu nos engenhos, vindo depois para o litoral. A maioria dos folcloristas concorda, no entanto, que o coco teve origem no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. Há controvérsias, também, sobre qual o estado nordestino onde teria surgido, ficando Alagoas, Paraíba e Pernambuco como os prováveis donos do folguedo. O coco, de maneira geral, apresenta uma coreografia básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. É comum também a presença do mestre"cantadô" que puxa os cantos já conhecidos dos participantes ou de improviso. Pode ser dançado com ou sem calçados e não é preciso vestuário próprio. A dança tem influências dos bailados indígenas dos Tupis e também dos negros, nos batuques africanos. Apresenta, a exemplo de outras danças tipicamente brasileiras, uma grande variedade de formas, sendo as mais conhecidas o coco-de-amarração, coco-de-embolada, balamento e pagode.

Os instrumentos mais utilizados no coco são os de percussão: ganzá, bombos, zabumbas, caracaxás, pandeiros e cuícas. Para se formar uma roda de coco, no entanto, não é necessário todos estes instrumentos, bastando as vezes as palmas ritmadas dos seus participantes. O coco é um folguedo do ciclo junino, porém é dançado também em outras épocas do ano. Com o aparecimento do baião, o coco sofreu algumas alterações. Hoje os dançadores não trocam umbigadas, dançam um sapateado forte como se estivessem pisoteando o solo ou em uma aposta de resistência. O ritmo contagiante do coco influenciou muitos compositores populares como Chico Science e Alceu Valença, e até bandas de rock pernambucanas. O sucesso de Dona Selma do Coco, acompanhada por gente de todas as idades, mostra a importância do velho ritmo, que vem sendo resgatado no Nordeste do Brasil.

Música sergipana.


Até 1970 a música popular massiva sergipana praticamente não existia. Não se produzia discos e ela se limitava a alguns intérpretes dos ritmos ouvidos em todo Brasil à época: boleros, chorinhos e muita música romântica e saudosista.

Os nomes que se destacaram foram: Luís Americano, que teve seu chorinho apresentado nos Estados Unidos, e Francisco Alves, conhecido em todo o Brasil. Contudo, o forró se apresentava como ritmo que atraia o gosto popular e a iniciativa artística local. Grandes nomes forrozeiros acompanharam o sucesso do ritmo levado ao país inteiro por Luiz Gonzaga, e fizeram sucesso nacionalmente representando Sergipe. Dentre eles estão Clemilda e Erivaldo de Carira.

É no final da década de 70 e início dos anos 80, que começa a surgir um sentimento ufanista em nosso Estado em relação à música. Desenvolve-se o conceito de música popular sergipana, que traz a idéia de uma música autêntica de Sergipe.

Música popular sergipana

Intimista, a música popular sergipana surgiu nos anos 1980. Ufanista, a música produzida optou por temas sempre ligados à nossa cultura, aos aspectos físicos e naturais do Estado, ou simplesmente, à situações ou pessoas do lugar, como pode ser notado em trabalhos do já mencionado grupo Cata Luzes, além dos cantores Paulo Lobo, Lula Ribeiro e Irineu Fontes. 

Quanto ao ritmo, variava de blues a rock, passando pelo forró, é claro. Também nessa década, surgiu, de forma acanhada, a bossa nova sergipana, tendo como propiciadores Joubert Moraes, Lina e Marco Preto. 

Os encontros culturais em Sergipe tiveram uma participação importante na divulgação de nossa música e ritmos folclóricos. Destaca-se nesse período o Encontro Cultural de Graccho Cardoso, que, em sua edição de 98, aboliu qualquer tipo de música massiva como o axé ou o pagode. 

A década de 1990 e a Pausterização da Música

O aparecimento da Axé-music começa a tomar lugar no gosto popular estimulado pela mídia. Depois com a prévia carnavalesca inspirada na axé-music baiana, o Pré-caju, e do Forró eletrônico, o processo de gravação da música popular sergipana foi totalmente interrompido.

A onda da forró-music conta com inúmeras bandas locais que são sucesso todo ano. Poderíamos citar Raio da Silibrina, Brucelose, Calcinha Preta, Bando de Mulheres e Chamego de Menina.

Dessa forma, muitos dos artistas de referência dessa música tiveram que buscar outras formas de divulgação de seus trabalhos participando de festivais em outras partes do Brasil, como o de Campos do Jordão ou Maringá, ou tentando divulgar seus trabalhos nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Lula Ribeiro, Doca Furtado e Chico Queiroga, mas não fugindo totalmente de suas origens.

Alguns artistas destacaram-se naqueles festivais como a dupla Sena e Sergival. Outros artistas como Amorosa, Rogério tiveram que se adaptar ao mercado. Em um desses momentos, embora buscassem manter um sentido mais artístico e caracterizador da cultura local.

Dos artistas em destaque nos anos 1980, só em meados da década de 1990 é que alguns conseguiram realizar um trabalho completo como Chico Queiroga, que formou dupla com Antônio Rogério, Joésia Ramos, Mingo Santana, Antônio Rogério e Rubens Lisboa. O grupo Cata Luzes também consegue nesta década gravar seu segundo CD.

Com o tempo, a valorização da produção musical sergipana tem sido maior e vista como investimento, afinal, a cultura é um grande produto de exportação de Sergipe, e todos precisam conhecer o que existe de melhor no estado quando o assunto é música.

O lamento.

LAMENTO: É uma canção composta por versículos, cujo tema é principalmente triste, obscuro ou mesmo trágico. Em contraste com os vários outros ritmos, é um poema sobre eventos muita das vezes envolvendo um personagem real cuja adversidade e infelicidade permitiram encenar em uma tragédia. Resumidamente: O lamento, muitas vezes confundido com o xote, é um ritmo lento e que tem em sua letra de tema triste, trágico.

O forró universitário.


O Forró universitário é um subgênero musical do Forró surgido em São Paulo, sendo uma herança do Ceará e também da cidade de Itaúnas, no Espírito Santo. Este ritmo revive o estilo pé-de-serra (tradicional) de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
Enquanto dança, o Forró universitário foi moldado e difundido na cidade de São Paulo. Tem três passos básicos, sendo um deles o 2 para lá 2 para cá que veio da polca.
O sucesso deste estilo musical deve-se principalmente à força da dança, alavancando vendas de discos, a promoção de shows e a realização de grandes festivais.
O auge do estilo se deu na virada século XXI com a chegada de grupos, trios e artistas solo como o Falamansa, Circuladô de fulô,Trio Virgulino, Rastapé, Arleno Farias, Estakazero, Bicho de Pé e Kanaviá. - além, é claro, dos tradicionais trios que ganharam mais espaço com a grande exposição.
Atualmente o ritmo se apresenta largamente difundido por todo o Brasil e no mundo havendo também outros como o Sertanejo Universitario.